Queridos amigos Blogueiros,
Boa Noite para todos !!!!
Hoje é o meu aniversário, e este, é o primeiro sem a presença física da minha LHU, que morreu, e me deixou aqui, justamente num dos momentos em que eu mais precisava dela, contudo, quando é que eu não precisava dela....................rs
Logo cedo, eu lembrei de como ela cantava para mim, quando eu era pequeno toda vez que tinha que me acordar, e fora isso, sempre me comprava livros, declamava pequenos poemas, contava histórias e estórias............rs, entretanto, tem algo que continua dentro do meu coração e acredito continuará por toda a minha vida.
O poema de Casimiro de Abreu, que ela, ao invés de declamar, cantava e me dizia que eu iria me lembrar disso sempre, e não é que a danada acertou mais uma vez..............rs
Apesar de ser meu aniversário, dedico este pequeno presente para todos os meus queridos amigos, que aqui neste espaço, sempre tem dividido tantos momentos tão importantes de minha vida.
Um grande abraço a todos.
Um feriado muito legal.
Um grande abraço.
Do amigo,
Fábio Luís Stoer
- Oh! que saudades que tenho
- Da aurora da minha vida,
- Da minha infância querida
- Que os anos não trazem mais!
- Que amor, que sonhos, que flores,
- Naquelas tardes fagueiras
- À sombra das bananeiras,
- Debaixo dos laranjais!
- Como são belos os dias
- Do despontar da existência!
- — Respira a alma inocência
- Como perfumes a flor;
- O mar é — lago sereno,
- O céu — um manto azulado,
- O mundo — um sonho dourado,
- A vida — um hino d'amor!
- Que aurora, que sol, que vida,
- Que noites de melodia
- Naquela doce alegria,
- Naquele ingênuo folgar!
- O céu bordado d'estrelas,
- A terra de aromas cheia
- As ondas beijando a areia
- E a lua beijando o mar!
- Oh! dias da minha infância!
- Oh! meu céu de primavera!
- Que doce a vida não era
- Nessa risonha manhã!
- Em vez das mágoas de agora,
- Eu tinha nessas delícias
- De minha mãe as carícias
- E beijos de minha irmã!
- Livre filho das montanhas,
- Eu ia bem satisfeito,
- Da camisa aberta o peito,
- — Pés descalços, braços nus
- — Correndo pelas campinas
- A roda das cachoeiras,
- Atrás das asas ligeiras
- Das borboletas azuis!
- Naqueles tempos ditosos
- Ia colher as pitangas,
- Trepava a tirar as mangas,
- Brincava à beira do mar;
- Rezava às Ave-Marias,
- Achava o céu sempre lindo.
- Adormecia sorrindo
- E despertava a cantar!
- Oh! que saudades que tenho
- Da aurora da minha vida,
- Da minha infância querida
- Que os anos não trazem mais!
- — Que amor, que sonhos, que flores,
- Naquelas tardes fagueiras
- À sombra das bananeiras
- Debaixo dos laranjais!
5 comments:
Só agora cheguei, e que pena...
Esta poesia relembrando a infância, que linda, que linda!!! Li, e reli e mais vezes a lerei.
De resto eu gostaria de deixar um comentário em todos estes textos,mas resumo em poucas palavras,uma beleza de blog.
De Portugal,
Dilita.
Parabéns atrasadíssimo!
Nossa, como você foi generoso e - nem, sei - elegante em enriquecer de várias maneiras nossas vidas: Nos deu vários presentes!
Dividiu algo tão pessoal e bonito!
Depois, nos presenteou com o poema.
Puxa, que vergonha de não retribuir! Parabéns é pouco!
De repente o descobri como meu seguidor no meu blog...como sempre a curiosidade feminina me trouxe para conhecê-lo e descobri mais uma vez que tratava-se de pessoa altamente sensível e transparente, descobri que meu seguidor gosta do poema de Cassimiro de Abreu, Meus Oito Ano, o qual foi o primeiro que decorei ainda criança e que ainda hoje me trás uma saudade da menininha que fui...obrigada por me trazer até aqui, lindo seu amor por sua mãe, admiro homens que amam e respeitam suas mães acima de tudo...beijos e obrigada!
Fábio,
Daqui há um mês minha mãe completa 90 anos e a lembrança dela cantando "Meus Oito Anos" é tão viva, que me dá um aperto no coração. Eramos oito fihos e ela, viúva, cantava enquanto costurava buscando nosso sustento. Tenho orgulho da minha mãe. Gostaria muito de ter a poesia cantada, para fazer um filme com fotos dos netos. Ficaria muito lindo.
Obrigada pelo blog. Que todos os teus sonhos sejam realizados.
Beijo no seu coração.
Osvaldina
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